Basta um simples comentário sobre uma “dorzinha de cabeça” que há dias nos incomoda, que em um piscar de olhos inúmeras indicações medicamentosas, de familiares e amigos, nos são passadas. O problema? O problema é que o uso indiscriminado e incorreto de medicamentos pode ser prejudicial à nossa saúde. Não sabendo a origem do incômodo e sendo incentivados por promessas fáceis e baratas de cura, nos automedicamos e esta atitude muitas vezes agrava ainda mais o nosso quadro de saúde. É assim conosco, é assim com os nossos idosos.
Homens e mulheres na terceira idade também se automedicam e, por inúmeras vezes, não comentam com o médico sobre esta atitude, seja por esquecimento ou seja por medo de tomarem uma bronca. Devido ao fato de serem mais frágeis, eles acabam aumentando, pelo uso indevido de medicação, as chances de aparecimento de tremores, ulceras no estômago, entre outras.
Estudos mostram que aproximadamente 25% dos medicamentos vendidos em farmácias são utilizados por pessoas da terceira idade. Entre os mais comuns estão os laxantes, os antiácidos, as vitaminas e os antigripais, que à primeira vista podem parecer inofensivos, porém ao serem associados a outros medicamentos podem causar consequências indesejáveis, já que os efeitos colaterais e os sintomas proporcionados pela automedicação podem confundir o quadro clínico, promover o acúmulo das substâncias e acentuar determinadas tendências.
É bom lembrar que quando o assunto é a nossa saúde ou a saúde de alguém que amamos, a medida mais certa e eficaz a se tomar diante de qualquer tipo de mal-estar é procurar um profissional da saúde. Somente ele conseguirá identificar os sintomas e orientar sobre a forma correta de realizar o tratamento, bem como nos acompanhar até que o problema seja resolvido.
Entre os inúmeros prejuízos que a automedicação traz a nossa saúde e à saúde do idoso, citam-se:
- Tratamento ineficaz do caso;
- Potencializar ou anular os efeitos terapêuticos de outros medicamentos em uso;
- Surgimento de reações adversas;
- Mascarar o diagnóstico de outras doenças na fase inicial devido à semelhança de sintomas;
- Intoxicações; e
- Agravamento de doenças já existentes por incompatibilidade.
Portanto, é extremamente importante usar os medicamentos de forma criteriosa, evitando o uso concomitante de várias substâncias, e sempre seguindo a prescrição do médico, inclusive na dosagem sugerida. Ao receber uma prescrição do médico, o paciente deve se informar sobre todas as consequências que o medicamente proporciona e nunca deve indicá-lo a outra pessoa.
Por Silvana Teixeira.
Fonte: Aproveitando a terceira idade e Hérnia de Dico.
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