O propósito principal da farmácia viva é ter sempre ao alcance das mãos as plantas medicinais indicadas para o tratamento de sintomas e doenças mais comuns e de menor gravidade, como gripe e dor de cabeça. Isso nos traz maior segurança no uso das plantas, devido à certeza de estar usando a planta correta e da melhor qualidade do material.
“As plantas frescas, adequadamente colhidas, têm maiores teores de princípios ativos e evitam os perigos decorrentes da má conservação, como a presença de fungos, por exemplo”, afirmam os professores Celso Trindade e Maria Luiza Sartório, do Curso a Distância Farmácia Viva – Utilização das Plantas Medicinais, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Uma das formas de ter essas plantas disponíveis é cultivá-las em casa, seja na horta, no jardim ou em vasos. No entanto, a implantação de hortas medicinais ou farmácias vivas em escolas e empresas também tornou-se comum. Dessa forma, ocorre uma melhoria de vida das pessoas, por meio de um tratamento constante da saúde, além de uma educação ambiental, ampliando o interesse pelo mundo das plantas.
Princípios ativos
Princípios ativos são os componentes químicos produzidos pelas plantas, que lhes conferem atividade terapêutica. As substâncias ativas das plantas medicinais podem ser produtos do metabolismo primário (indispensáveis à vida da planta) e produtos do metabolismo secundário (próprios da individualidade das plantas). As substâncias medicinais são, na maioria das vezes, resultantes do metabolismo secundário, relacionado à interação da planta com o meio que a envolve.
Além disso, os teores de princípios ativos produzidos por uma planta não são estáveis e não se distribuem de maneira homogênea por suas partes. Eles se distribuem pelos diferentes órgãos das plantas de forma desigual, em função da especialização das células. Sendo assim, estão sempre concentrados em maior quantidade em determinadas partes, que podem ser raízes, folhas, caules, sementes ou flores. Por exemplo, o Ginseng concentra seu princípio ativo na raiz.
Devemos saber também que a época da colheita interfere no teor de princípios ativos do material. Além disso, as condições do ambiente (solo, clima, entre outros) também afetam esse teor. Os princípios ativos mais importantes são: ácidos orgânicos, alcaloides, antraquinonas, compostos inorgânicos, cumarinas, flavonoides, glicosídeos cardiotônicos, mucilagens, óleos essenciais, saponinas, substâncias amargas e taninos.
Ações terapêuticas
- Alcaloides: São calmantes, sedativos, estimulantes, analgésicos, anestésicos . As plantas mais ricas em alcaloides são: café, guaraná, trombeteira, jaborandi.
- Mucilagens: Cicatrizantes, anti-inflamatórias, laxativas, expectorantes e antiespasmódicas. São encontradas no bálsamo (cotyledon orbiculata).
- Antraquinonas: Purgantes ou laxantes, digestivas, coleréticas e colagogas. São encontradas na babosa (aloe vera).
- Flavonoides: Diuréticos, anti-inflamatórios, expectorantes, antiespasmódicos, tônico cardiocirculatório. São encontrados na arruda.
- Glicosídios cardiotônicos e cardioativos: Dilatadores de coronárias, antiescleróticos, fortalecem os vasos capilares. Aumentam a força contrátil do coração, regulando o seu ritmo. São encontrados na dedaleira (digitalis lanata).
- Cumarinas: Anticoagulantes, antiespasmódicas, antibióticas e venotônicas . São encontradas na alfazema.
- Saponinas: Diuréticas, cicatrizantes, analgésicas e expectorantes . São encontradas na buchinha-do-norte (luffa operculata).
- Taninos: Adstringentes, hemostáticos, antissépticos, tonificantes e antimicrobianos. As plantas mais ricas em taninos são: avenca, carvalho, castanheiro, chá-preto, hamamélis, morangueiro (folhas), nogueira.
- Óleos essenciais: Bactericidas, antiviróticos, cicatrizantes, analgésicos, relaxantes, expectorantes, antiespasmódicos. Os principais são timol (tomilho), cineol (eucalipto), limoneno (limoeiro) e mentol (laranja).
- Resinas: Purgantes, antissépticas urinárias, antiespasmódicas, rubefacientes e antirreumáticas. São obtidas por meio da incisão do caule de diversas plantas (copaíba, abeto , entre outros).
O uso das plantas medicinais deve ser feito com cautela! Em caso de doenças mais sérias, procure um especialista.
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Por Andréa Oliveira
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Comentários
Maristela da Costa Souza
25 de mar. de 2018Como posso adquirir estes cursos
Resposta do Portal Cursos CPT
26 de mar. de 2018Olá Maristela,
Nossas consultoras entrarão em contato com mais informações.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
FRANCISCA CRISTIANE NOGUEIRA
28 de out. de 2014Olá, por favor vocês poderiam me informar o ano dessa publicação? Vou citar no meu TCC e preciso do ano para referenciar. Agradeço muito!
Resposta do Portal Cursos CPT
29 de out. de 2014Olá, Francisca!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
O artigo "Princípios ativos das plantas medicinais: ações terapêuticas", foi publicado no dia 06/09/2014.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos