A captação de eventos pode ser feita pela agência, em especial, quando se trata de eventos de pequeno porte, ou por meio de uma central de captação. Esta representa um núcleo formado por várias empresas que se associam, como agências de eventos, hotéis, agências de viagens, transportadoras, organizadores e prestadores de serviços e outros tipos de empresas ligadas ao turismo. Essas empresas mantêm financeiramente as centrais de captação.
Dentre os eventos visados pelas agências, estão os congressos e as feiras. Esses dois tipos de eventos são atividades frequentemente vistas como produtos básicos do turismo urbano - que está em crescimento - nas quais o visitante gasta uma importância acima da média. Além disso, não têm época definida, podendo operar a maior parte do ano. Em algumas cidades, mais de 40% dos pernoites vêm desse tipo de turismo. Nesse tipo de evento, há uma concorrência entre as cidades e também com outros tipos de áreas urbanas, como os resorts.
O retorno social e financeiro dos congressos e feiras é grande, mas a disputa pela sua captação também é. As feiras, em geral, acontecem periodicamente, sempre no mesmo local, não havendo assim o processo de captação. De modo diferente dos congressos, não parece que a atratividade do local seja um fator que afete a participação nas feiras, embora influa no tempo de permanência do visitante.
No caso das convenções e das viagens de incentivo, o local é definido segundo critérios que variam em função das características da entidade promotora, mas que não estão formalizados e estabelecidos em seu estatuto, como no caso dos congressos. A decisão depende de poucas pessoas e o processo é mais rápido, pois o evento não requer divulgação.
Ao contrário, alguns têm caráter sigiloso como parte da estratégia empresarial. Considerando-se esse aspecto privado e o fato de agregarem atividades interativas e de lazer entre os participantes, além de o organizador obter sua atenção em tempo integral, uma parcela considerável das convenções acontece nos hotéis chamados resorts.
Em face do crescimento faraônico do setor de eventos nas últimas décadas (movimentando cerca de R$ 209,2 bilhões em 2013), observa-se a realização de eventos mundiais em torno das convenções empresariais. Nesses eventos, as cidades ou regiões, junto a seus fornecedores de serviços correlatos, são expositores que disputam a preferência dos que decidem o destino de seu próximo evento. Para tanto, os expositores cobrem praticamente todos os custos da viagem dos prováveis clientes, considerados “compradores”.
Os congressos e os grandes eventos esportivos, que mudam de local de realização a cada edição, são alvo de estratégias de captação por parte das cidades ou regiões que têm interesse em sediá-los, junto à cidade que o promove. Sediar um grande evento implica prestígio para a cidade e para a entidade local.
Em suma, a estratégia de captação de eventos dependerá do histórico de eventos já ocorridos, das especificidades de cada entidade e do maior ou menor desenvolvimento que a cidade possui no segmento de eventos.
Por Andréa Oliveira.
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