O Amaryllis é originário do Sul da África, onde o clima é mediterrânio, ideal para o pleno desenvolvimento de seus bulbos e flores. Esta flor pode ser plantada o ano todo, contanto que o clima seja quente e úmido. Após 20 a 30 dias do plantio ocorre o seu florescimento. Para isso, deve-se cultivá-lo em solos leves, arenosos e com boa aeração. Assim que surgem as belas flores do Amaryllis, inicia-se um outro processo, o da dormência dos bulbos.
Nessa fase, a planta perde as suas folhas e o seu escapo floral, ou seja, o caule que sustenta as flores. Mas com as primeiras chuvas, a planta ganha uma nova vida e todo o ciclo se inicia novamente.
Atualmente, o gênero Amaryllis engloba mais de 100 espécies, com destaque para as espécies Amaryllis belladonna L. e Amaryllis paradisicola Snijman.. Ambos podem se desenvolver no processo de propagação assexuada ou vegetativa.
Propagação assexuada ou vegetativa
“A propagação vegetativa pode ser efetuada utilizando-se processos naturais ou artificiais. Os processos naturais são aqueles que se utilizam de estruturas na turalmente produzidas pelas plantas com a finalidade de propagação”, afirma o professor José Geraldo Barbosa, do Curso Produção Comercial de Lírios, Gladíolos e Amaryllis, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Estas estruturas são todas vegetativas, isto é, não foram formadas pela fusão de gametas e, consequentemente, originam plantas idênticas à planta-mãe.
Composição dos bulbos
Os bulbos são caules subterrâneos, que apresentam pequeno crescimento vertical, em virtude do pequeno número de nós, e, principalmente, pelo reduzido comprimento dos entrenós.
Caracteriza-se pelo acúmulo de reservas e presença do “prato”, que consiste no verdadeiro caule, e apresentam a forma de uma cone bastante achatado.
Na porção superior do prato, estão os nós e as gemas como nos caules comuns, apresentando, inclusive, a dominância apical.
Internamente, o prato é constituído pelos feixes vasculares e, na face inferior, apresenta os primórdios radiculares.
Os bulbos do Amaryllis são produzidos em resposta a algum estímulo, como temperatura ou fotoperíodo, recebido pelas folhas e transmitido à região de formação de sua estrutura de reserva. Já nos gladíolos, o bulbo é formado por etapas, antes e depois da floração, sem indução específica.
Durante o crescimento do bulbo ocorre na planta fenômeno de mobilização semelhante ao verificado na frutificação. Neste período, não há crescimento de outras estruturas na planta, ocorrendo, ao contrário, a perda de peso das estruturas já formadas, indicando a importância da formação adequada do bulbo em crescimento. Isso representa um passo a mais no caminho da senescência.
Os bulbos formados apresentam certo grau de dormência fisiológica que lhes permite resistir às condições adversas de vida e a um maior tempo de arma zenamento. Essa dormência pode ser quebrada pelo armazenamento a frio ou mesmo à temperatura am biente, a seco, ou pelo uso adequado de ácido giberélico, entre outros.
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Por Andréa Oliveira.
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