A massoterapia é importante para quem pratica esportes? Sim, e muito. "Apesar da alta tecnologia utilizada hoje, para que todos os tipos de atleta obtenham melhor desempenho, a massoterapia vem sendo utilizada e considerada fundamental", afirma Marcelo Quaranta de Vasconcelos Pena, professor do Curso a Distância CPT Massagem Desportiva Pré-competição. Para que os resultados e usos da massoterapia para desportistas possam ser alcançados, deve-se considerar três suposições:
1. O individuo é um organismo global e tudo está interligado e relacionado. Para conhecer o todo, temos de conhecer as partes, que devem ser examinadas, mas nunca perdendo o foco de que cada uma faz parte de todo o organismo e está influenciando nele como um todo. Não devemos ficar atentos a cada parte e trabalhá-la isoladamente. Por exemplo, um paciente com uma entorse no tornozelo protege a perna lesionada, causando tensões nos músculos do quadril e da coluna lombar. Portanto, tratar apenas a entorse no tornozelo não resolve o problema do bem-estar geral do cliente.
2. Para que haja movimento como nos membros do corpo humano, o tecido muscular se contrai, diminuindo sua extensão, realizando os movimentos. Portanto, o tecido muscular encurtado não pode funcionar efetivamente. Quando o tecido está encurtado, ele também resiste ao alongamento. O músculo pode ser encurtado de forma ativa ou passiva. Exemplos de encurtamento passivo crônico são o do bíceps braquial, que ocorre na colocação do braço em uma tipoia durante o período da consolidação de uma fratura. O encurtamento ativo, por outro lado, é a contração muscular, que pode ser intencional, levando ao trabalho do músculo. Quando essa contração representa resposta do músculo a ameaças como sobrecarga, movimento repetitivo ou alongamento excessivo. Ao ficar contraído desta forma, ele não consegue contrair mais, e se torna indisponível para realizar a atividade muscular.
3. O tecido mole do corpo reage ao toque, interferindo na restauração da função normal. Dependendo da escolha da técnica, a intervenção manual dos tecidos disfuncionais interrompe esse processo, forçando uma mudança na resposta neural e no funcionamento do tecido afetado.
Portanto, o massoterapeuta, para trabalhar com massagem desportiva, deve possuir, para que possa potencializar o seu trabalho, conhecimento sobre anatomia e fisiologia como a estrutura e função dos músculos, pontos de dor, arquitetura muscular e fáscia.
A demanda por profissionais na área da estética e das terapias corporais vem aumentando, e com ela a necessidade de uma educação qualificada, que não pode ficar alheia aos desafios e às transformações sociais, relacionadas aos avanços tecnológicos. Como essa atividade foi, historicamente, repassada de pai para filho, mestre-discípulo, não existia a necessidade de cursos regulamentados e nem mesmo da regulamentação da profissão. Com o aprofundamento da pesquisa e maior clareza das indicações e, principalmente, contraindicações, esse quadro vem se alterando em alguns países, como nos EUA, onde já existem cursos superiores de massoterapia. No Brasil, o processo de regulamentação da profissão ainda não foi implantado, apesar de existir a lei No 8.345 de 10 de dezembro de 1945, e a Lei No 3.868 de 05/10/01 que Reconhece a Habilitação para o Exercício Profissional de Massagem e Profissões Similares. Apesar de possuir legislação, carece ainda de atualização e não está regulamentada no Brasil. Portanto, como inexiste lei que a preveja, a profissão de massoterapeuta é licita, ou seja, é livre, legal, e inexiste lei que a limite ou impeça o seu livre exercício.
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Por Silvana Teixeira.
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