Do campo à mesa, o suíno vem ajudando a construir o desenvolvimento econômico e social de várias regiões do país, garantindo emprego e renda a milhares de brasileiros. Saboreado em diferentes culturas em todo o mundo, a carne suína está derrubando lendas e crendices, ao se verificar a evolução da suinocultura no Brasil e no Mundo. Principalmente quando nos referimos ao porco light, mais saboroso e saudável que o porco tradicional.
Antigamente o suíno era considerado o animal ideal, pois fornecia ao homem grande quantidade de carne e banha. Atualmente, por meio do melhoramento genético, com o cruzamento de raças puras, os técnicos passaram a desenvolver um animal com 30% de massa anterior e 70% de posterior . Alem disso, o suíno atual é criado em instalações confinadas, extremamente limpas, desinfetadas, sem acesso à terra.
Esses animais começaram a apresentar menores teores de gorduras na sua carcaça e a desenvolver massas musculares proeminentes, especialmente nas suas carnes nobres, como o lombo e o pernil. No início dessa seleção, o suíno apresentava 40% a 45% de carne magra e espessuras de toucinho de 5,0 a 6,0 cm. Atualmente, graças aos programas de genética e nutrição, o suíno moderno apresenta de 55% a 62% de carne magra na carcaça, e de 1,5 a menos de 1,0 cm de espessura de toucinho. Surge, então, o suíno light.
“Na realidade, cerca de 70% da gordura suína localiza-se na capa de gordura, também conhecida como toucinho, enquanto os outros 30% se localizam em outras regiões do corpo do animal. Assim, a carne suína, propriamente dita, apresenta baixos teores de gordura e é inclusive indicada para dietas de emagrecimento, na maioria dos países europeus”, afirma Luiz Mário Fedalto, professor do curso Produção de Suíno Light – Mais Carne, Menos Gordura, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Outro dado interessante é que a carne suína contém 65% de gordura do tipo insaturada, ou seja, aquela que contribui para a formação do chamado bom colesterol, enquanto apenas 35% é composta de gordura saturada, ou seja, aquela que produz o chamado mau colesterol. Resumindo, a carne de porco é extremamente saudável, ao contrário do que se pensava.
Comparação entre suíno light e suíno comum
Os suínos brasileiros passaram por uma dieta severa. Perderam 31% de gordura na carne e no toucinho, 14% de calorias e 10% de colesterol. Alguns cortes de carne de porco, dependendo do modo como são servidos, já são mais leves que certos preparos de boi, frango ou peixe. Enquanto o filé mignon tem 175 kcal/100g, o lombo de porco light tem 168 kcal/100g. Já o peito de frango sem pele apresenta 81 tg/100g de colesterol, enquanto o lombo de porco light apresenta 78 tg/100g.
Isso veio de uma revolução nas pocilgas, onde esses animais passaram a ser alimentados com rações balanceadas, em vez de milho, trigo e lavagem. Além disso, técnicas científicas tornaram possível o cruzamento entre linhagens diferentes, mais produtivas, por exemplo, com a consequente seleção de suínos geneticamente superiores, como é o caso da MS 60. Essa raça, desenvolvida pelo EMBRAPA, é resultante de três raças e sua carne contém apenas 40% de gordura em relação aos suínos comuns.
Até os anos setenta, a gordura usada na cozinha era geralmente de origem animal. Porco bom era porco gordo, que rendia banha. Com o advento dos óleos vegetais, o rebanho suíno precisou dar mais carne que gordura. Nos últimos vinte anos, o índice médio de carne magra dos porcos subiu de 47% para 60%. Além disso, os suínos descendentes de reprodutores do MS 60 consomem 10% menos de ração, reduzindo os custos com alimentação.
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Por Andréa Oliveira
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