Com a evolução no mercado de suínos e aves, nas décadas de 60 e 70, houve a necessidade de se expandir a suinocultura e avicultura no Brasil. Por isso, a Embrapa criou o Centro Nacional de Pesquisa de Suínos em 13 de junho de 1975. Três anos depois, em 1978, o Centro recebeu a tarefa de promover pesquisas com aves, passando a se chamar Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves, hoje denominado Embrapa Suínos e Aves – CNPSA.
No entanto, foi no início de 1982 que a empresa passou a oferecer laboratórios de sanidade animal e de análises físico-químicas, sistemas de produção, campos experimentais, estação meteorológica, fábrica de ração, prédio para administração e pesquisa e biblioteca especializada em suínos e aves, em uma área de 210 hectares no distrito de Tamanduá, em Concórdia, SC.
Dessa forma, o CNPSA passou a controlar doenças, a aperfeiçoar rações, a melhorar a qualidade genética dos animais, a desenvolver equipamentos para a suinocultura e avicultura, como também a se preocupar com o meio ambiente, preservando-o. Além disso, junto a outros órgãos do governo, da indústria e dos produtores, conseguiu superar as restrições às exportações de carne suína e de frango.
Sempre se preocupando com a melhoria e a evolução da suinocultura e avicultura no país, a Embrapa Suínos e Aves constantemente reformula suas metas de trabalho. Partindo dessa preocupação, criou o Plano Diretor da Unidade – PDU, com base em pesquisas realizadas em todos os segmentos da cadeia produtiva de suínos e aves, atualizando o trabalho da Unidade em relação às necessidades do mercado e aos programas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Governo Federal.
Essa unidade descentralizada da Embrapa, que está vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tem como objetivo principal viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da suinocultura e avicultura em benefício da sociedade brasileira. Dos laboratórios da Embrapa Suínos e Aves surgiram conhecimentos que mudaram a trajetória desse mercado em nosso país.
Sistema de gestão de qualidade
Política da qualidade e ambiental
Assegurar a confiabilidade dos resultados, a satisfação dos clientes, a melhoria contínua das estratégias, processos e produtos, respeitando as pessoas e o meio ambiente, prevenindo a poluição e atendendo aos requisitos das normas brasileiras da qualidade, à legislação vigente e a outros requisitos aplicáveis.
Objetivos da qualidade e meio ambiente
Ao implantar o Sistema de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente, a Embrapa Suínos e Aves tem como principais objetivos:
1. Assegurar que as soluções tecnológicas sejam desenvolvidas atendendo às normas da qualidade e ao meio ambiente;
2. Elevar o nível de satisfação dos clientes, colaboradores e fornecedores da Unidade;
3. Utilizar a gestão do sistema da qualidade, integrado como um processo dinâmico, evolutivo e de aprendizado e melhoria contínuos;
4. Manter um ambiente motivador, que resulte em desenvolvimento profissional e pessoal, fundamentado em uma cultura de comprometimento;
5. Assegurar que a política da qualidade e meio ambiente seja comunicada e entendida em todos os níveis da organização;
6. Minimizar os aspectos e impactos significativos dos processos, produtos e serviços, reduzindo por meio do aperfeiçoamento contínuo dos processos, objetivando a prevenção da poluição;
7. Estar em conformidade com a legislação vigente, bem como com as normas internas e outros requisitos aplicáveis à Unidade.
Escopo do sistema de gestão da qualidade
Pesquisa, desenvolvimento, produção e inovação de soluções tecnológicas para as cadeias suinícola e avícola.
Pesquisa e desenvolvimento
Grupo de Pesquisa em Sanidade de Suínos - GPSS
Grupo de Pesquisa CNPq
Objetivo
Disponibilizar tecnologias, produtos e serviços que contribuam para a redução das perdas sanitárias, para o aumento da produtividade e sustentabilidade do negócio e para segurança dos alimentos da cadeia de suínos. Além de englobar as linhas de pesquisas que envolvem doenças de impacto na produção, agentes patogênicos importantes para a segurança dos alimentos, doenças exóticas, emergentes e de risco desconhecido e ações em apoio à Defesa Sanitária de suínos.
Principais repercussões dos trabalhos do GPSS:
1) Melhorias do sistema de diagnóstico, patogenia e controle de doenças respiratórias dos suínos, com ênfase em Influenza suína, Micoplasmose (Pneumonia Enzoótica) e Pasteurelose;
2) Melhorias das alternativas para o controle de infecções por Salmonella de importância na segurança dos alimentos (carnes e produtos derivados de suínos), que envolvem o sistema produtivo e os procedimentos transporte, abate e resfriamento da carcaça;
3) Aprimoramento dos sistemas de diagnóstico clínico e patológico quanto à precisão e rapidez do diagnóstico diferencial entre tuberculose e infecções, causadas por outras micobactérias, para melhorar o sistema de certificação de granjas de reprodutores de suídeos (GRSC) pela Defesa Sanitária e para apoiar a rede de diagnóstico no Brasil e o programa nacional de erradicação da tuberculose suína;
4) Alternativa para produção de suínos em baixa escala sem a utilização de antimicrobianos preventivos e privilegiando características de bem-estar animal;
5) Apoio ao Serviço de Defesa Sanitária do Brasil, desenvolvendo metodologias e análises epidemiológicas para a pesquisa de doenças de notificação oficial e agentes considerados exóticos ou erradicados;
6) Apoio ao Serviço de Defesa Sanitária de suínos, atuando como membros de Comitês Sanitários (Comitê Técnico Nacional de Sanidade Suídea e Comitê Técnico da OIE);
7) Apoio ao setor produtivo no diagnóstico e controle de doenças dos suínos, por meio de reuniões técnicas com clientes, consultas telefônicas e prestação de serviços na forma de consultorias/palestras/assessorias.
Grupo de Pesquisa em Produção de Aves - GPPA
Grupo de Pesquisa CNPq
Objetivo
Contribuir para a sustentabilidade produtiva das cadeias de frango e ovos de galinha doméstica.
Principais repercussões dos trabalhos do GPPA:
1) Contribuições em procedimentos de boas práticas de produção para a cadeia produtiva de ovos e frangos, com enfoque na garantia da qualidade e benefícios de consumo;
2) Orientações ao produtor de frangos para a escolha do melhor manejo quanto a programas de luz e tipos de cortina, reciclagem de materiais, uso da cama de aviário, educação e preservação ambiental e qualidade da água para a cadeia avícola;
3) Indicações técnicas para adoção de alternativas de manejo que preservem o bem-estar animal, como a muda induzida alternativa em plantéis de poedeiras comerciais e recomendações de boas práticas no manejo pré-abate de frangos;
4) Levantamento dos fatores de risco associados à incidência de celulite (lesão tegumentar) em frangos de corte;
5) Orientações para direcionar matérias-primas residuais (óleos de frangos, graxa suína e sebo bovino) para a produção de biodiesel, como alternativa de fonte de energia renovável;
6) Contribuições para a descoberta de fatores e genes que influenciam sobre as características ligadas à integridade óssea, características que compõem um grupo pouco conhecido, em parte, por serem de difícil mensuração. O conhecimento dos parâmetros genéticos, como a variação genética aditiva, indicada pelas herdabilidades e as correlações genéticas, poderão fornecer subsídios para monitorar os efeitos da seleção e elaboração de estratégias de melhoramento genético das aves. Marcadores genéticos que possam ser usados na seleção assistida para melhorar a qualidade do tecido ósseo em frango de corte e, com isso, reduzir perdas por fraturas, condenação de carcaças e de desempenho das aves e para diminuição dos impactos da exploração avícola sobre o bem-estar das aves;
7) Tecnologias para apoiar as redes de ATER na produção, processamento e comercialização de carne, leite e ovos na agricultura familiar ecológica;
8) Suplementação de diferentes enzimas na dieta para frangos de corte.
O CPT – Centro de Produções Técnicas, planeja e elabora cursos voltados para as áreas Suinocultura e Avicultura, mantendo um sistema competente de suporte e estabelecendo um conjunto de ações que mantêm a empresa em crescimento constante.
Por Andréa Oliveira
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