A piscicultura no Brasil tem se destacado ao longo dos últimos vinte anos como uma excelente opção de investimento em seus diversos setores e recentemente fazendo parte das opções temos os pesque-pagues.
Os primeiros pesque-pagues surgiram no início da década de oitenta como uma tentativa por parte de alguns piscicultores para resolver o problema da comercialização dos peixes, uma vez que o número de abatedouros ou peixarias para comercialização de peixes vivos era incipiente. Em função da falta de estrutura e de tecnologia a maioria destes empreendimentos fecharam.
Há aproximadamente quatro anos esta atividade novamente surgiu no Brasil, desta vez amparada por um maior número de técnicos especializados e por uma indústria de equipamentos bastante sólida. Freqüentar os pesque-pagues hoje, é uma mania nacional, principalmente na região sudeste. Seu número já passa de 1000 e apesar disto o setor ainda está longe de ficar saturado pois a maioria dos estabelecimentos estão concentrados próximo à cidade de São Paulo.
A necessidade dos pesqueiros por espécies mais brigadoras e de uma farta oferta de peixes, durante todo o ano, vem obrigando a piscicultura a sair do amadorismo para se transformar em uma atividade comercial. Além de resgatar essa antiga atividade de lazer, que é a pescaria, agora com uma nova roupagem, sintonizada com os tempos modernos.
Esse comércio possibilita ao visitante pescar espécies como o pacu, o tambaqui, a matrinxã e o surubim, estas espécies até bem pouco tempo atrás somente poderiam ser pescadas em seus locais de ocorrência natural. As excursões para pescarias no pantanal e no rio São Francisco foram substituídas por agradáveis e emocionantes pescarias nos pesque-pagues, proporcionando um dia agradável para toda a família.
Os pesque-pagues em geral não produzem o peixe a ser comercializado, e sim o adquirem de piscicultores especializados na sua engorda. Esse fato vem causando um grande impacto na piscicultura pois aproximadamente 90% da produção do Paraná, de São Paulo e do sul de Minas Gerais são compradas pelos donos de pesque-pagues. Essa compra é feita a distâncias de até 400 km, isso é possível graças ao avanço na tecnologia e na disponibilidade de equipamentos especiais para transporte de peixes vivos.
Além dos equipamentos para transporte, o proprietário do pesque-pague conta com a possibilidade de utilização de aeradores que aumentam a quantidade de oxigênio dissolvido na água, permitindo estocar os peixes em maior densidade, os comedouros automáticos que reduzem o gasto com mão-de-obra, e os aparelhos para monitoramento da qualidade da água como por exemplo o oxímetro e o condutivímetro.
Os pesque-pagues compram os peixes, em média, por três reais o quilograma e os vendem por cinco reais; porém, o que está sendo vendido não é somente o peixe e sim o lazer. Em um bom pesque-pague o visitante encontra opções de divertimento para toda a família, os melhores possuem uma estrutura de lazer semelhante a um hotel fazenda com direito a um restaurante onde podem ser saboreadas diversas espécies de peixes. Um parque para crianças e cavalos para passeios são uns itens obrigatórios. Os pesque-pagues que possuem somente a pesca como atrativo não conseguirão manter-se abertos por longo tempo.
Um pesque-pague bem estruturado não é um investimento barato; porém, o máximo aproveitamento das estruturas já existente nas propriedades, pode reduzir bastante o custo de implantação de um projeto. As fazendas tradicionais podem transformar a sede em uma pousada e as benfeitorias, como por exemplo, os currais, galinheiros e outras, após uma reforma, ajudam a compor o clima rural e são bastante apreciados especialmente pelas crianças. Outra opção é a construção de tanques para pesca em hotéis fazenda, sendo mais um atrativo para a clientela.
O retorno do investimento será tanto mais rápido quanto mais atrativo for o pesque-pague. Um bom pesque-pague comercializa mais de uma tonelada de peixes por semana, para isso é fundamental um contínuo investimento em propaganda para garantir a rotatividade de clientes; além disso é importante que periodicamente sejam introduzidas novas espécies.
O fundamental é fazer com que o cliente se sinta um grande pescador, isso é possível na medida em que a tecnologia para produção de peixes nobres e brigadores vem sendo dominada, barateando o seu custo.
Apesar do atual estágio de desenvolvimento e o crescente número de pesque-pagues ainda é escassa a bibliografia sobre o assunto; em geral, somente são encontradas matérias em jornais ou revistas, estas, pela própria natureza do veículo de comunicação, são superficiais. O CPT - Centro de Produções Técnicas, abordou o assunto no curso "Criação de Peixes", da série Aquicultura, consituído de livro interativos com filmes que mostram a prática.
Zootecnista Manuel Vazquez Vidal Júnior
Mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa
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Comentários
Diogo Barboza
29 de mai. de 2017Boa tarde, estou referenciando o site e gostaria de saber a data desta publicação?
Resposta do Portal Cursos CPT
30 de mai. de 2017Olá Diogo,
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. O presente artigo foi publicado no dia 28/12/1991.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
Jocelia Knutz
10 de ago. de 2015Tenho projetos para um pesque e pague desjo mais informacao obrigada
Resposta do Portal Cursos CPT
11 de ago. de 2015Olá, Jocelia!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Para mais informações cadastramos seu e-mail para receber nosso boletim informativo.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
Osnaldo Timoteo de Lima
27 de ago. de 2014Já adquiri vários produtos CPT e fiquei muito satisfeito com a qualidade e conteúdo dos mesmos.
Resposta do Portal Cursos CPT
27 de ago. de 2014Olá, Osnaldo!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
Ficamos felizes que tenha gostado dos nossos Cursos CPT.
Atenciosamente,
Ana Carolina do Santos