Pagar dívidas, fazer compras ou realizar um grande sonho? O que fazer com o 13º salário? Antes de tudo, antes de decidir como gastá-lo de forma irresponsável, saiba que esse é o momento ideal para promover uma análise financeira no seu orçamento, diagnosticar suas contas, fazer balanços, para, então, decidir o que fazer com o benefício de forma inteligente. O ideal seria que esse benefício chegasse como um bônus para realização de satisfações pessoais, como um presente. No entanto, desde que foi criado, ele é utilizado por muita gente para cobrir o desequilíbrio financeiro.
Endividamento
Pagar dívidas com o 13º salário não resolve o problema financeiro. Com essa atitude, as pessoas apenas mascaram o real e verdadeiro problema, ou seja, a ausência de educação financeira em toda família. O endividamento é um problema que tem de ser resolvido com o próprio salário, com a redução nos gastos e respeitando o próprio padrão de vida.
Controle financeiro
Só dar para saber o quanto se pode gastar, sem ficar no vermelho, quem sabe exatamente quanto entra e quanto sai do bolso mensalmente. E, com base nisso, define-se quanto e com o que pode gastar. Mesmo quando é necessário entrar em um financiamento para a realização de determinados sonhos, que não são acessíveis de outra forma, é importante avaliar se as parcelas caberão no orçamento, levando em conta todas as outras despesas e demais sonhos de curto, médio e longo prazos. Portanto, junte absolutamente todas as suas contas e coloque-as em uma planilha. Nada de confiar em papéis guardados em gavetas ou na própria memória.
Diagnóstico da situação financeira
Antes de ir compulsivamente às compras de fim de ano, faça um diagnóstico da sua situação financeira:
1- Relacione todas as despesas fixas e variáveis para descobrir o comprometimento dos seus ganhos com as dívidas.
2- Investigue para onde está indo cada centavo dos seus ganhos, para saber quais são os gastos supérfluos que podem ser eliminados.
3- Verifique se está endividado, ou seja, se já tem mais despesas do que seu bolso suporta.
4- Certifique-se de que vai conseguir pagar as compras que pretende fazer nesse final de ano, cujas parcelas que se arrastarão pelo ano seguinte, somando-se aos gastos extras com impostos e escola.
Inteligência financeira
1- Faça escolhas que estejam dentro do seu padrão de vida. Se as condições não permitem, procure outras opções mais prazerosas e de menor valor.
2- Pesquise os melhores preços de presentes e itens da ceia e das festas, e experimente estipular um valor máximo a gastar com cada item.
3- Peça desconto, sempre.
O ideal é não se endividar com compras e viagens de final de ano e, felizmente, nem todos estão endividados. Quem está numa situação mais confortável, de equilíbrio financeiro, pode aproveitar o décimo terceiro para iniciar uma reserva e manter essa prática de poupar.
Investimentos
Para quem já tem perfil investidor, o décimo terceiro é oportunidade para incrementar o investimento. 50% pode ser destinado para alguma aplicação que a pessoa já possua e outros 50% pode servir para planejar um salto em direção à sua independência financeira, investindo, por exemplo, em previdência privada.
Planos futuros
Fim de ano também é tempo de fazer planos para o futuro. Aproveite para reunir a família, inclusive as crianças, para conversar sobre o que querem realizar nos próximos anos. Definam três sonhos prioritários que tenham diferentes prazos a serem realizados - curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo (acima de dez anos). Esse será um fator de motivação para ajustar e conduzir o orçamento familiar.
Fonte: Reinaldo Domingos /DSOP Educação Financeira
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