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Produção de Amendoim - medidas para prevenção da Aflatoxina

As medidas que visam prevenir a produção de amendoim contaminado, principalmente por Afloxina, são relacionadas com a prevenção de infecções pelos fungos ou com a sua inativação

Amendoim

 

As medidas que visam prevenir a produção de amendoim contaminado são, na maior parte, relacionadas com a prevenção de infecções pelos fungos ou com a sua inativação. Neste sentido, o produtor deverá estar atento à sua lavoura, realizando a todo custo medidas como a prevenção de infecções no campo; tomando os devidos cuidados após a colheita; usando variedades resistentes de amendoim; e fazendo o devido monitoramento do problema. Veja abaixo:

a) Prevenção de infecções no campo


- Controle de insetos e fungos: o controle de insetos e fungos, em geral, é importante, uma vez que estes abrem caminho para a penetração do Aspergillus e outros fungos produtores de aflatoxina. O próprio controle das manchas foliares promove o vigor das plantas, previne a germinação precoce (que é um importante ponto de infecção) e reduz o acúmulo de folhas no solo.

- Rotação de culturas:
esta prática é importante para o amendoim, uma vez que muitos fungos sobrevivem no solo de um ano para outro. A rotação de culturas reduz, inclusive, a intensidade de ataque das manchas foliares.

- Nutrição: vagens e sementes de plantas bem desenvolvidas são mais resistentes à infecção por fungos. Alguns nutrientes, como o cálcio, contribuem diretamente para esta resistência. O cálcio é responsável pela rigidez das células e pelo bom desenvolvimento das sementes. Em lotes de sementes contaminados por aflatoxina, os maiores teores são encontrados entre as sementes enrugadas e mal desenvolvidas.

- Prevenção de estresse hídrico: quando possível, a cultura deve ser conduzida em condições que evitem os períodos de seca, especialmente durante a fase de desenvolvimento das sementes e enchimento das vagens. Os períodos de estresse hídrico provocam danos aos tecidos e podem criar condições favoráveis para o desenvolvimento dos fungos. Portanto, é equivocado achar que o excesso de umidade na época de maturação e colheita é o que produz maiores contaminações por aflatoxina. Chuvas em excesso, nesta época, são prejudiciais porque em geral impossibilitam as operações de campo e não permitem que o amendoim seja secado naturalmente. Nesses casos, a secagem artificial elimina este problema.

- Prevenção de danos mecânicos:
como já mencionado, as diversas práticas culturais e a própria colheita devem ser feitas de forma a evitar os danos mecânicos, por onde os fungos podem penetrar. Na colheita, o ponto ideal de maturação deve ser identificado. A colheita prematura aumenta a proporção de vagens e sementes imaturas e mal desenvolvidas. Na colheita atrasada, há uma proporção maior de vagens germinadas ou já deterioradas.

b) Cuidados após a colheita

A secagem é um dos pontos mais importantes da prevenção da aflatoxina. O amendoim recém-colhido apresenta umidade em torno de 50%. Após o arrancamento, a prática mais comum é o enleiramento das plantas no campo. Quando as plantas permanecem enleiradas por vários dias ao sol e sem tomar chuva, a umidade das vagens é bastante reduzida, permitindo que o produto seja trilhado e armazenado na umidade desejada. Como, em muitos casos, a secagem no campo ocorre em dias nublados ou em períodos de chuva, há necessidade de secagem artificial. O importante é saber que, para prevenir o aparecimento da aflatoxina, o teor máximo de umidade recomendado para que o amendoim possa ser armazenado com segurança é de 8% nos grãos. O transporte e armazenamento, em qualquer fase da comercialização do produto, devem ser feitos de maneira a evitar o reumedecimento, o aquecimento e outras condições que proporcionem desenvolvimento de microrganismos, infestação de insetos e roedores e outras formas de danos mecânicos. Nas etapas de preparo e utilização do produto, é importante salientar que a limpeza do amendoim (eliminação de grãos chochos, manchados, deteriorados e mal desenvolvidos) é uma prática que reduz significativamente os níveis de aflatoxina.

c) Uso de variedades resistentes

A criação de variedades resistentes à infecção por fungos, ou portadoras de mecanismos que inibem alta produção de aflatoxina é uma possibilidade para o futuro. Alguns países conduzem pesquisas neste sentido. Atualmente, porém, as principais variedades comerciais que se conhece ainda não dispõem desses mecanismos específicos de resistência. Uma alternativa, neste sentido, em curto prazo, é a utilização de variedades que sejam mais adaptadas a condições adversas, que propiciam altos níveis de aflatoxina. A resistência à seca, resistência às manchas foliares ou outros patógenos, resistência a danos mecânicos, dormência das sementes e menores exigências nutricionais são atributos varietais que podem, indiretamente, contribuir para a redução dos riscos com a aflatoxina.

d) Conscientização e monitoramento do problema


Como foi visto, a contaminação por aflatoxina pode ocorrer em qualquer das etapas, da produção agrícola até o seu consumo. O desconhecimento do assunto contribui bastante para a falta de cuidados com a qualidade do amendoim. Levando-se em consideração as características de cada região, é necessário que sejam feitos trabalhos de conscientização para o problema, desde o produtor até o consumidor. É necessário, também, que sejam seguidas as normas e padrões existentes sobre o assunto. Mesmo em regiões ou sistemas de produção de pequena escala, as modernas técnicas aqui apresentadas para se produzir amendoim com qualidade, podem ser substituídas por boas práticas de produção e manuseio do produto, em pequena escala ou com estrutura familiar, de maneira a prevenir as contaminações por aflatoxina. Quando há conhecimento e adoção dos cuidados para prevenção do problema, o amendoim passa a ser um produto saudável e apreciado, podendo ser consumido com segurança.

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Por Silvana Teixeira

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