Normalmente, as propriedades rurais, ao serem adquiridas, necessitam de planejamento e investimentos para torná-las produtivas e lucrativas, no menor espaço de tempo possível.
É neste momento que surgem as dúvidas e perguntas: Em qual atividade do agronegócio devo atuar? Será que todas as terras são iguais? Algum segredo para saber onde plantar? Como trabalhar a terra sem causar impactos ambientais negativos? Como tornar minha fazenda competitiva? Será que este negócio vai dar lucro?
O Prof. João Luiz Lani e Prof. Sérvulo Rezende, ambos do Deptº de Solos da UFV e o Pesquisador Eufran Ferreira do Amaral, da Embrapa do Acre, dirigentes do NEPUT - Núcleo de Estudo de Planejamento e uso da Terra, empresa ligada à Universidade Federal de Viçosa, afirmam que estas perguntas podem ser respondidas a partir do conhecimento de vários fatores e condições, e sua interdependência .
Fatores como: clima; solo; vegetação; aspecto sócio-econômico da região; mercado; tendências; clientes; produtos; patrimônio; capital intelectual, entre outros, devem ser estudados separadamente posteriormente, associados, para que sejam indicadas soluções práticas, com algum resultado.
Então, que caminho percorrer? Que chave abre a porta que tem a plaqueta: "entre, vai dar certo"?
Segundo os três professores, essa chave tem um nome: Planejamento Estratégico.
Quando se empreende sem planejamento, correse o risco de descentralizar forças e acaba dando tiros para todo os lados, desperdiçando munição e, muitas vezes, acertando onde não deveria.
O Pesquisador Eufran, Prof. Sérvulo e Prof. Lani, afirmam que para planejar uma propriedade é necessário conhecê-la muito bem, saber o que ela pode nos oferecer, além de entender o que a natureza está nos dizendo no dia-a-dia.
O planejamento desenvolvido pelos professores da UFV inicia-se com um diagnóstico completo da propriedade onde são feitos vários levantamentos como: aero-fotogrométrico, topográfico, levantamento dos ambientes e características do solo, o levantamento dos recursos naturais, entre eles os minerais.
Zoneamento agroambiental indica o uso para cada área da fazenda.
1) Zona de uso com culturas de ciclo curto e longo, capineiras, em uso intensivo
2) Zona de uso com pastagens, sistemas silvipastoris, em uso moderado
3) Zona destinada a preservação, em uso restrito
4) Zona destinada a turismo rural, ecoturismo, sistema silvipastoril, e reflorestamento
5) Zona de reflorestamento, preservação e sistema silvipastoril
6) Zona de preservação e reflorestamento
Com todos os levantamentos e estudos em mãos, inicia-se o planejamento com a definição das atividades mais viáveis e definição do zoneamento agroambiental. O zoneamento define as áreas mais adequadas para: uso com culturas de ciclo curto e longo, e capineiras em uso intensivo; uso com pastagens e sistemas silvipastoris; áreas destinadas à preservação; áreas para reflorestamento e outras.
A seguir são feitas a locação das estradas, das edificações e todas as instalações necessárias às atividades da propriedade. No final é feito o planejamento de uso da propriedade e são estabelecidas as necessidades e características de cada funcionário e a modalidade da gestão empresarial.
O planejamento é importantíssimo para que as ações e investimentos sejam canalizados para atender metas estabelecidas que levam o empreendimento ao sucesso. Confira o Curso sobre "Planejamento Estratégico de Propriedades Rurais", elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, que tem o objetivo de apresentar os caminhos e as ações para planejar e implantar uma propriedade direcionada ao sucesso ou, até mesmo, criar uma nova rota para empresas rurais já existentes.
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