Um motivo considerado de grande peso que leva o aluno ao abandono às aulas é o currículo escolar que é um dos pontos mais complexos a serem enfrentados pelas escolas. As instituições seguem as orientações formais dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, além da adoção dos livros, apostilas didáticas e material de apoio. Mas, muitas vezes, não existe uma conectividade do projeto pedagógico com a realidade do estudante, não havendo, de fato, um diálogo com seu universo.
De acordo com Adriana Silva Fialho Cambuí, professora do Curso CPT a Distância Como Fidelizar os Estudantes de Sua Escola, “A relação teoria e prática tem de existir, para que o aluno compreenda o conteúdo e desenvolva seu potencial e suas habilidades durante a aprendizagem”. Neste sentido, a Direção da escola e sua equipe pedagógica devem criar condições propícias para que o processo de ensino-aprendizagem seja mais motivador e criativo, levando em conta o que ensinar, como ensinar e para que ensinar. Portanto, todas as atividades pedagógicas devem ser bem planejadas e orientadas pelo diretor junto aos coordenadores, supervisores e, sobretudo, os professores.
A escola se depara diariamente com inúmeros comportamentos diferenciados de crianças e adolescentes, seja na educação infantil, no ensino fundamental ou médio, e o seu compromisso é ensinar aos estudantes a respeitar os outros e compreender de forma adequada e respeitosa as limitações de cada um. Sendo assim, outra observação importante de ser feita é como o aluno tem se comportado, além da sala de aula, nos outros ambientes da escola, como no pátio escolar, na biblioteca, nas dependências recreativas, ou seja, se ele é um estudante sociável, e se tem um bom relacionamento com seus colegas. Muitas vezes, o aluno apresenta características de introspecção e inibição, ou de violência e agressividade. Por isso, os inspetores escolares e a equipe de apoio (limpeza, cantina, secretaria, portaria etc.) devem observar tais comportamentos no seu cotidiano e compartilhar com o professor, coordenador, diretor e principalmente com os pais.
No caso de o aluno apresentar um comportamento agressivo, seja com os professores, os colegas de classe e com os colaboradores, é preciso que haja uma atenção especial, pois acarreta intimidação e temor nos demais alunos. Atitudes violentas o afastam da escola, dificultam sua aprendizagem e, por consequência, ocasionam o abandono escolar, que se torna muito possível.
Para Fernandes e Souza (2008), a escola tem uma grande parcela de responsabilidade na construção da socialização dos alunos, pois ela oferece a possibilidade de o estudante vivenciar situações de conforto social e também de desafio, colocando à prova suas habilidades sociais. Para os autores, o conceito de coletividade, a forma de conviver com a frustração, a descoberta de como solucionar os problemas e conflitos, o “gostar de aprender” são desafios, bem como ferramentas importantes para que a escola promova um ambiente propício de aprendizagem e socialização.
Tornar a escola um ambiente agradável e atrativo, oferecendo atividades extraclasse, contribui sensivelmente na motivação do aluno, auxiliando na socialização e interação entre seus colegas, além de agregar valor ao processo de ensino-aprendizagem. Servem como motivação:
a) Atividades culturais: aulas de música, teatro, artesanato, filmes educativos.
b) Atividades desportivas: campeonato de futebol, peteca, dança, lutas marciais.
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Por Silvana Teixeira.
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