Geraldo Soares, dono de uma caminhonete Ford, foi contratado para buscar uma urna mortuária na cidade de Viçosa.
Já de volta, encontra o seu compadre, Joaquim Batista, pedindo carona:
- Me dá uma carona até Porto Firme, compadre.
- Pode subir, na carroceria, compadre. Cuidado com a urna.
Não andaram mais de 10 km e começou uma boa chuva. Joaquim Batista não teve dúvida, abriu a urna e entrou dentro dela para se proteger.
Mais à frente, Geraldo Soares para e dá carona à dona Maria do Café e Dorotéia do Seu Tilico:
- Subam na carroceria junto ao compadre Joaquim Batista.
As duas subiram e encontraram apenas a urna fechada. Dorotéia disse:
- Coitado do Seu Joaquim, eu não sabia que ele tinha morrido. Vou rezar três ave-marias e um pai-nosso para sua alma hoje!
A caminhonete estava em boa velocidade quando Joaquim Batista resolveu abrir a urna para ver se a chuva ainda continuava:
- Boa tarde, pessoal, a chuva já parou?
As duas mulheres arregalaram os olhos, fizeram um estardalhaço danado e pularam fora da carroceria.
Agora, lá estava Sô Geraldo Soares de volta à Viçosa, direto para o hospital, com Dona Maria do Café de perna quebrada, Dorotéia de Seu Lilico com o ombro deslocado e Seu Joaquim Batista com taquicardia, de tanto susto que levou com o berreiro das mulheres. E a urna, lógico.
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