À medida que entende e se expressa melhor, a criança aumenta a interação, incrementando sua capacidade de percepção, experimentação e reelaboração. Um processo contínuo, na vida de uma pessoa, pautada em conviver, comunicar-se, observar e interagir, construindo e reconstruindo um universo de conhecimentos. Esse processo, é claro, é muito marcado pela presença da mídia em geral, como internet, cinema, televisão, jornais e revistas. No caso das crianças, vale destacar principalmente a televisão e o computador.
“Geralmente, a criança aprende a informar-se, a conhecer a si, os outros e o mundo, sentindo, fantasiando, relaxando, vendo, ouvindo e, até mesmo, tocando, de certa maneira, as pessoas na tela”, afirmam os professores Per Christian Braathen e Marcos Orlando de Oliveira, do Curso Mídias na Educação, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Na verdade, personagens que são vistos como pessoas e que acabam convencendo a cada um de nós, e principalmente às crianças, como viver, como ser feliz ou infeliz, amar ou odiar, seguindo estereótipos de comportamentos repetidos e legitimados na tela da televisão ou do computador.
Portanto, inserida nesse mundo, que tem a mídia como ferramenta a entrar na casa das pessoas, criando hábitos, é que a criança será educada. Isso tudo porque a relação da criança (e das pessoas em geral) é prazerosa na maioria das vezes e na maior parte do tempo.
Vejamos os principais fatores que tornam essa relação do público com a mídia prazerosa:
-Trata-se de uma relação não obrigatória;
-Estabelece-se por mecanismos emocionais de sedução e de exploração sensorial;
-Utiliza técnicas de narração que fazem as pessoas aprenderem vendo histórias de outras pessoas (personagens) contadas por outras pessoas;
-O mundo é mostrado de uma forma muito mais fácil do que o é na realidade, de uma forma agradável, sem esforço.
A mídia educa, como contraponto à educação convencional, porque educa enquanto as pessoas estão entretidas por ela. Como exemplo, podemos citar as tecnologias da informação e comunicação (TICs). Se analisarmos a forma pela qual os programas computacionais utilizados por crianças e jovens são desenvolvidos, como é o caso dos jogos de computador, veremos que são usadas estratégias e tecnologias que favorecem a criação de uma rede de conhecimentos a qual facilita a busca por informações e a troca de informações e experiências.
Os jogos são elaborados de tal maneira que o jogador se veja na condição de ter de experimentar diferentes estratégias para vencer um jogo. Por outro lado, de forma colaborativa, a criança ou o jovem busca informações na internet e com seus amigos, sobre as várias fases do jogo e as estratégias para vencê-lo, exercitando habilidades ao repetir as jogadas e ao se perceber na obrigação de vencer obstáculos que exigem mais raciocínio e concentração. Se a escola utilizasse tais estratégias na sua ação educativa, certamente obteria bons resultados.
Até mesmo a integração dos conteúdos apresentados na televisão, no rádio, no cinema, na internet, entre outros, com o processo de ensino-aprendizagem, seria vantajoso.
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Por Andréa de Lélis.
Acesse os links abaixo e conheça mais sobre o uso das mídias como instrumento de ensino:
Uso da internet como instrumento de ensino
Uso do cinema/documentário como instrumento de ensino
Uso do cinema/ficção como instrumento de ensino
Uso dos jornais e revistas como instrumento de ensino
Uso da televisão como instrumento de ensino
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