O cultivo do milho é uma atividade tradicional em nosso país, muito praticada pela agricultura familiar. Entretanto, uma colheita satisfatória, dentro das demandas que a pequena propriedade prentende atender, exige o conhecimento de métodos que ajudem na melhoria das condições de plantio. A escolha de um sistema baseia-se na realidade dos pequenos produtores e não no estabelecimento rígido de um método e sim dos mais apropriados. O que pode ser bom para um agricultor pode não ser interessante para outro. Por isso, é importante conhecer tecnologias e práticas, ainda que simples, empregadas no plantio do milho, em seguida, experimentá-las e determinar as mais adequadas.
Existem regiões em que se utiliza alta tecnologia, já em outras todas as etapas são efetuadas com o emprego da enxada
A conservação, o preparo do solo e o plantio envolvem técnicas que facilitam o desenvolvimento da planta e melhoram a produtividade da lavoura de milho. Mas, é difícil definir um padrão, tendo em vista as diferentes realidades. “Existem regiões em que se utiliza alta tecnologia, intenso uso de insumos e máquinas em todas as fases da cultura. Já em outras, o plantio é feito com baixa tecnologia e, praticamente, todas as etapas são efetuadas somente com o emprego da enxada”, esclarecem os professores do curso Produção de Milho em Pequenas Propriedades, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas. Eles acrescentam que independente da situação do produtor, qualquer mudança na forma de lidar com o sistema de plantio é significativa e pode trazer ótimos resultados no que diz respeito à produtividade.
Sendo assim, o curso ao invés de indicar um sistema, ele apresenta e discuti aqueles que são mais adotados pelos produtores. Assim, o agricultor pode esclarecer dúvidas e escolher as alternativas que melhor lhe convierem.
Conservação do solo
Em primeiro lugar está a conservação do solo. Antes do preparo do terreno, é preciso garantir que ele esteja em ótimo estado para as próximos plantios, por meio do controle da erosão e da melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo. Para isso, recorre-se às práticas conservacionistas, entre elas, citam-se:
– Práticas edáficas: refere-se à utilização racional do ecossistema, sendo assim o solo é usado dentro de sua capacidade, um exemplo é o emprego racional de adubos e corretivos, e a preferência pelos adubos orgânicos.
– Práticas vegetativas: diz respeito à vegetação como recurso de redução da erosão do solo. Ela ajuda a água a escorrer mais rápido, o que favorece a infiltração. Como exemplo de práticas vegetativas têm-se as culturas em faixas, as· capinas alternadas, os cordões com vegetação permanente e a adubação verde.
– Práticas mecânicas: compreende a construção de barreiras mecânicas, por exemplo: os terrraços que reduzem a velocidade de escoamento da água.
Todas essas opções são altmanete recomendáveis, mas devem ser escolhidas e implementadas com a a ajuda de profissionais, como engenheiros agrônomos.
Preparo do solo
Após providenciar as medidas de conservação, inicia-se o preparo do solo. E como é de se esperar, nessa fase, são realizados procedimentos que propiciem o desenvolvimento ideal das plantas. Especificamente, a intenção é controlar plantas daninhas e adequar as condições de aeração, umidade e temperatura, de modo a favorecer à cultura do milho. Mas, “para cumprir esse objetivo, nem sempre é necessário que o produtor realize o preparo do solo em toda a área de cultivo. Isso vai depender das suas condições, que estão relacionadas ao tipo de solo e suas propriedades físicas e químicas, mas também a outras características da área de plantio”, alertam os especialistas do curso.
Eles ressaltam novamente que não é possível estabelecer um padrão, o preparo varia com as condições de tipo de solo, região e produção. Por isso, é importante que seja feita uma análise criteriosa do solo em laboratório para descobrir os tipos de solo existentes na propriedade, bem como suas características. Os resultados indicarão o melhor preparo do solo. O curso, por sua vez, aborda o preparo convencional (mecanizado e tração animal) e o plantio direto.
Plantio direto
O plantio direto, por exemplo, é muito utilizado no Brasil Central para a produção do milho safrinha, que se adapta bem a regiões de período chuvoso prolongado. No plantio direto, o solo está sempre coberto por resíduos vegetais ou plantas em desenvolvimento. Apenas o local onde serão depositadas as sementes é preparado. De acordo com o curso CPT, a técnica é definida como sistema de implantação de culturas em solo não-revolvido (sem o preparo do solo inicial com aração e gradagem) e protegido por cobertura morta proveniente de restos de cultura.
Conheça mais aspectos relevantes a respeito da produção de milho em propriedades rurais. Acesse o curso e encontre também tópicos sobre como a planta milho se desenvolve, amostragem do solo, escolha da cultivar, entre outros.
Por Luci Silva
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