A frequência de arraçoamento, ou seja, número diário de alimentações, necessária para o bom desenvolvimento do peixe varia principalmente conforme a espécie, idade, qualidade da água e temperatura. Espécies carnívoras podem ter menor frequência de arraçoamento em relação às onívoras e, conforme aumenta a idade do peixe, a maior frequência de arraçoamento não traz benefícios significativos ao seu crescimento.
Considerando que a taxa de arraçoamento influencia diretamente o crescimento e a eficiência alimentar de um peixe, os estudos das necessidades nutricionais de peixes devem ser conduzidos na melhor taxa de arraçoamento possível, a fim de evitar o mascaramento das necessidades dos nutrientes.
O alimento artificial deve ser administrado diariamente na quantidade de 3-5% da biomassa dividido em duas refeições, durante pelo menos 5 dias por semana, de preferência no mesmo local e às mesmas horas do dia (pela manhã e final da tarde).
Quando da utilização de subprodutos na alimentação, o piscicultor deve observar a quantidade ofertada e a quantidade consumida, para que não haja excesso de alimento artificial no viveiro de um dia para o outro, pois o acúmulo de matéria orgânica traz mais desvantagens do que vantagens. A forma de preparo dos alimentos e a sua distribuição são fatores importantes.
Para pós-larvas e alevinos a ração, em forma de farinha, deve ser distribuída ao longo das margens dos viveiros. Para peixes de 10 a 50 g, as raízes, os grãos, as verduras, as frutas e as sementes devem ser oferecidas em pequenos pedaços de modo que o peixe possa abocanhá-los. Uma boa prática é deixar as sementes, raízes e grãos de molho pelo menos 24 horas antes da distribuição.
A adequada frequência de arraçoamento pode levar à menor variação no tamanho entre os peixes, o que facilita o manejo e a comercialização. Normalmente, adota-se como parâmetro o conceito de “biomassa”, que é traduzido pelo número estimado de peixes existentes no tanque multiplicado pelo seu peso médio.
Para isso, é necessária uma avaliação periódica dos peixes, a cada 30 a 45 dias. A oferta diária de ração deve aumentar à medida que os peixes crescem. Sendo assim, essa quantidade deve ser ajustada em intervalos de 7 a 14 dias.
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Por Andréa Oliveira.
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Alimentação e fatores ambientais
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