O fornecimento de alimento adequado em quantidade e qualidade é importante para o sucesso econômico da piscicultura.
Dentre os diversos aspectos relacionados à piscicultura, aqueles envolvidos com a alimentação vêm sendo amplamente discutidos, principalmente por representarem cerca de 70% dos custos de produção em sistema de cultivo intensivo.
Em relação à criação de peixes, esse problema é geralmente mais grave. Isso porque suas exigências proteicas são maiores, quando comparadas às demais espécies. Torna-se necessário, então, uma ração rica em proteína, o que aumenta ainda mais os custos de produção.
Dessa forma, o fornecimento de alimento adequado em quantidade e qualidade é importante para o sucesso econômico da piscicultura. É importante o conhecimento dos hábitos alimentares dos peixes para a adequação da ração a ser fornecida.
Nutrição dos peixes
Atualmente, um grande número de piscigranjas empregam rações completas, o que tem proporcionado excelentes resultados zootécnicos. Essas respostas são consequências do atendimento das necessidades proteico-energéticas e dos demais nutrientes essenciais como vitaminas e minerais, da qualidade dos ingredientes que as compõem e da eficiência de seu processamento.
Para que as melhores respostas de custos e benefícios sejam obtidas, é necessário considerar-se os aspectos qualitativos e quantitativos da alimentação. Qualquer desvio da composição ideal modificará sua exigência quantitativa. A garantia de obtenção de melhores resultados depende da certeza de que os peixes estão recebendo a fração correspondente às suas exigências nutricionais.
Concentrados proteicos
As proteínas são os principais constituintes orgânicos dos tecidos dos peixes, perfazendo 65 a 75% da matéria seca corporal. Portanto, elas correspondem ao nutriente de máxima importância, pois são os componentes constituintes do organismo animal em crescimento e, entre outras, são responsáveis pela formação de enzimas e hormônios.
Devemos sempre lembrar que a necessidade proteica do peixe é diretamente relacionada com uma composição balanceada de aminoácidos adequada para manter seu crescimento. Para a manutenção da maioria das espécies de peixes, é necessário de 1 a 1,5 g proteína/kg de peso vivo/dia.
A concentração ótima de proteína na dieta do peixe está marcada por um delicado balanço entre proteína e energia, ao qual se tem que dispensar especial atenção à qualidade proteica, ao padrão adequado de aminoácidos essenciais disponíveis, e às fontes de energia não-proteica, lipídios e carboidratos.
Concentrados energéticos
Os lipídios são a melhor fonte de energia para os peixes, seguido pela proteína e carboidratos. Os lipídios da dieta exercem um papel importante nos processos de produção de energia, como fonte de ácidos graxos essenciais (AGE) e como transportadores de vitaminas lipossolúveis A, D, E e K.
A principal razão para suplementar a dieta dos peixes cultiváveis com lipídios é poupar a oxidação da proteína da dieta como fonte de energia. Podem ser empregados níveis de 10 e 20% de lipídios em dietas de peixes. Nesse sentido, recomenda-se para peixes de água quente, de 5 a 10% de óleo de peixe, no sentido de suprir a quantidade necessária de ácidos graxos essenciais.
O alimento artificial deve ser administrado diariamente na quantidade de 3-5% da biomassa, dividido em duas refeições.
Alimentação dos peixes
O manejo alimentar depende, principalmente, do tamanho dos peixes, da dimensão dos tanques ou viveiros e do sistema de manejo da criação e peixes utilizados, do comportamento alimentar da espécie cultivada e também da temperatura e da qualidade da água.
Em sistemas semi-intensivos e intensivos, o fornecimento de alimentação suplementar é de fundamental importância para a engorda dos animais. Essa pode ser fornecida por meio de ração balanceada ou uso de subprodutos agrícolas. Para estes últimos, pode-se utilizar restos de alimentos, como frutas e verduras, desde que não estejam em estado de fermentação.
À medida que os peixes crescem, as rações devem ter reduzidos os seus teores de proteína e quantidade fornecida, em função do peso vivo dos peixes e também da temperatura da água do viveiro. Isso porque, com a queda da temperatura ambiente, reduz-se o metabolismo dos animais e, consequentemente, o seu apetite.
O alimento artificial deve ser administrado diariamente na quantidade de 3-5% da biomassa, dividido em duas refeições, durante pelo menos 5 dias por semana, de preferência no mesmo local e às mesmas horas do dia (pela manhã e final da tarde).
Por: Patrícia Tristão
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Comentários
BACAR DJASSI
8 de out. de 2014Gostei do conteúdo do texto gostava de adquirir alguns livros a venda se pudessem me orientar nesse sentido e como posso lhes adquirir. Obrigado antecipadamente pela vossa contribuição. Sou da Guiné-Bissau
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9 de out. de 2014Olá, Bacar Djassi!
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.
Nossas consultoras entrarão em contato com mais informações sobre os Cursos CPT da área Piscicultura.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
Sandra Bottesini Massocato
18 de nov. de 2012Bom dia Por gentileza quero saber se comprando este curso de nutrição e alimentação para peixes posso retirar duvidas com algum professor? Ou é somente um material que estudo sozinha e faço prova para conseguir o certificado. Preciso de uma orientação caso tenho duvidas. Se for assim tudo bem, senão não tenho interesse. Grata
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19 de nov. de 2012Olá, Sandra!
Nossas cosultoras entrarão em contato para mais informações sobre o Curso Nutrição e Alimentação de Peixes.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos
Antônio Farias de Oliveira
19 de jul. de 2012Gostei do artigo sobre nutrição e alimentação de peixes, proporcionado pelo Cursos CPT. Este sempre produzindo conteúdos de ótima qualidade em todas as áreas de criações, isto no faz perceber que possui um grande grupo de zootecnistas com alta qualificação. Atenciosamente. Antônio Oliveira
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20 de jul. de 2012Olá, Antônio!
Que bom que gostou do artigo!
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Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos