Milhos especiais - controle de plantas daninhas

O milho é extremamente sensível à competição inicial com as plantas daninhas. No caso do milho pipoca, que apresenta baixo vigor de planta, as perdas de produtividade são ainda maiores que no milho comum. A intensidade dessas perdas vem em função da espécie da planta daninha, do grau de infestação, do tipo de solo, das condições climáticas, além do estádio fenológico da cultura.

Normalmente, essa redução na produção do milho pipoca é atribuída à sua competição com as plantas daninhas pelos fatores básicos de sobrevivência, como a água, nutrientes e luz, tornando esses fatores limitantes ao desenvolvimento do milho. Além da competição, outros efeitos negativos causados pela presença das plantas daninhas são resultantes de pressões ambientais, que podem ser diretas, como a alelopatia e a interferência na colheita, e indiretas, como hospedar insetos e doenças.

O milho pipoca é muito sensível à competição inicial com plantas daninhas, porém, à medida que se proporciona um período inicial livre da competição por água, luz e nutrientes, o efeito maléfico das plantas daninhas diminui, evitando prejuízos à produtividade. Isso ocorre devido ao fato de que, nas fases intermediárias da cultura, o milho proporciona uma boa cobertura do solo, pelo sombreamento, inibindo a ação das plantas daninhas.

No entanto, devido ao menor vigor e à densidade de plantas, utilizados no milho pipoca, esse sombreamento não é muito eficiente, ocorrendo crescimento de plantas daninhas com maior intensidade.

CONTROLE

Para evitar as perdas no cultivo de milho pipoca pela infestação de plantas daninhas, o produtor deve planejar a eliminação destas, durante o período crítico de competição, que se inicia quando a planta apresenta quatro folhas completamente desenvolvidas, desde que o controle das plantas daninhas tenha sido eficiente no plantio.

A estratégia adequada de manejo das plantas daninhas deve aliar a eficiência técnica e econômica do método considerado com o momento de maior suscetibilidade das espécies-alvo. A escolha do método deverá se fundamentar no tamanho e relevo da lavoura, nas condições climáticas prevalecentes no período, na disponibilidade de equipamentos e mão de obra, no custo e nas espécies daninhas predominantes.

O controle de plantas daninhas de final de ciclo, principalmente corda de viola (Ipomoea spp.), é uma das atividades de maior importância no manejo da cultura de milho pipoca, já que em lavouras com alta infestação a colheita manual é dificultada, aumentando o número de serviços por área. No caso da colheita mecanizada, pode chegar ao extremo de se tornar inviável, acarretando diretamente no aumento do custo de produção, além de comprometer a qualidade dos grãos, uma vez que estes ficarão expostos ao ambiente por um maior período.

Métodos mecânicos e químicos

Há diversos métodos de controle de plantas daninhas, os mais importantes são os métodos mecânicos e os métodos químicos. Os métodos mecânicos foram os mais utilizados. Destes, a capina manual é a mais utilizada por ser bastante eficiente e de baixo custo, além de causar pouco impacto ambiental. Já o método químico consiste no uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas. Os herbicidas ideais são os que matam a planta daninha e não causam injúrias ao milho. Este método apresenta a desvantagem de inicialmente ter custo mais elevado e de causar impactos ambientais. Por isso, o seu uso é recomendado para grandes lavouras com alto nível tecnológico.

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Por Andréa Oliveira.

Acesse os links abaixo e conheça mais sobre o cultivo do milho pipoca:

Controle de pragas e doenças

Cultivo do milho pipoca

Escolha da cultivar do milho pipoca

Plantio do milho pipoca

Principais cultivares do milho pipoca