A saúde reprodutiva de vacas e novilhas depende da saúde do bovídeo como um todo, que, por sua vez, está diretamente relacionada à nutrição, à redução do estresse no manejo, ao controle dos parasitas internos e externos e à prevenção de doenças com o uso de vacinas.
Isso quer dizer que, à medida que os bovinos recebem um bom manejo sanitário, são bem alimentados e manejados adequadamente, vão sendo reduzidas as possibilidades de ocorrência de problemas de saúde específicos da reprodução.
Existem algumas doenças relacionadas à reprodução, que devem ser conhecidas, tais como: brucelose, tricomonose, campilobacteriose, leptospirose, rinotraqueíte infecciosa (IBR) e a diarreia viral bovina (BVD).
Principais doenças que acometem os bovídeos:
Brucelose
A brucelose atinge bovinos de todas as idades e de ambos os sexos, principalmente os sexualmente maduros. Ela causa abortos, retenções da placenta, metrites, subfertilidade e infertilidade. A vacinação com vacina B19, em fêmeas entre 3 e 5 meses, geralmente é eficiente para prevenir o aborto, além de aumentar a resistência à infecção, mas não imuniza totalmente o rebanho nem possui efeito curativo.
Tricomonose
A tricomonose é uma infecção sexualmente transmitida, que afeta as fêmeas e os machos em idade reprodutiva, causando morte embrionária, aborto, endometrite, piometra ou feto macerado. As vacinas inativas em touros jovens evitam a propagação da doença. Entretanto, o tratamento mais eficaz á o uso da inseminação artificial com o sêmen de reprodutores isentos da enfermidade.
Campilobacteriose
A campilobacteriose é uma doença venérea, que não causa nenhum mal aos bois, mas gera inflamações no trato genital das vacas, podendo levar à infertilidade. Em casos especiais, os bovinos podem ser tratados com estreptomicina. A principal medida é o uso de inseminação artificial como tratamento de eleição.
Leptospirose
A leptospirose causa perda por abortos, além de infecções disseminadas pelo organismo. O tratamento com estreptomicina impede que a doença se propague pelo organismo do bovídeo. A vacinação preventiva deve iniciar em todos os bezerros de 4 a 6 meses de idade, seguidas de vacinações anuais. Como vacinação estratégica, pode-se vacinar o bovino antes da estação reprodutiva.
IBR-IPV
A rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) é uma doença respiratória, que causa febre e lesões de transtorno nas vias superiores do bovídeo, com quadros respiratórios, às vezes, graves em animais jovens. A vulvovaginite pustular (IPV) é uma infecção da mucosa vaginal e da vulva, que se manifesta por edema, secreção com exsudado, pústulas de conteúdo mucopurulento, transtorno no ato da micção, endometrite, repetição do cio e infertilidade temporária. Uma vez diagnosticada a IBR-IPV, deve-se proceder à vacinação dos que ainda são jovens, e repeti-la anualmente. Para as fêmeas adultas, a vacinação deve acontecer no início da estação reprodutiva.
BVD
A diarreia viral bovina é uma doença virótica, que causa desordens reprodutivas, sendo que a infecção fetal pode levar à morte embrionária ou até a defeitos congênitos, surtos de diarreia, abortos, entre outros. O controle pode ser feito por meio de vacinas inativadas, geralmente associadas a outros a gentes infecciosos, como a parainfluenza. Como vacinação, pode ser realizada em bovinos de 8 a 12 meses e estrategicamente 1 mês da estação reprodutiva.
Por Andréa Oliveira.
Conheça o Curso CPT Técnicas para Produzir mais Bezerros
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.
Comentários
Stanislau Tybel Neto
16 de nov. de 2016Procuro informações sobre uma doença que aparece no prepúcio do touro, chamada popularmente de "formigueiro"; tratamentos, remédios, etc.
Resposta do Portal Cursos CPT
17 de nov. de 2016Olá Stanislau,
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Para mais informações recomendamos que procure um médico veterinário em sua região.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos