Basicamente, existem 3 formas de salmoneloses que atacam as aves: a pulorose, o tifo aviário e o paratifo aviário. Essas doenças podem acarretar grandes perdas econômicas para os criadores.
Contudo, as salmoneloses não são doenças exclusivas das aves. Elas podem acometer outras espécies, como bovinos, suínos, ovinos e equinos, além dos seres humanos.
Sendo assim, diante da ameaça de contaminação humana e das exigências dos Órgãos Governamentais de Inspeção Sanitária, é importante conhecer as características, as medidas de prevenção e as formas de controle dessas doenças.
Pulorose
A Pulorose é causada pela bactéria Salmonella pulorum. É uma doença com alta mortalidade. As galinhas são as hospedeiras naturais da doença, sendo as aves mais jovens as mais suscetíveis. Contudo, a doença pode ocorrer em outras espécies de aves, como pássaros, papagaios, perus e faisões.
A Forma de transmissão da doença pode ser horizontal, ou seja, de ave para ave, ou vertical, que consiste na transmissão entre mãe e filho, por meio do ovo contaminado. Os Sintomas apresentados pelas aves jovens são apatia, anorexia, asas caídas, diarreia esbranquiçada, perda de peso e morte.
Nas aves jovens sobreviventes, a Pulorose pode causar cegueira e claudicação. Já nas aves adultas, os sinais clínicos podem ser inaparentes. Porém, quando existem, apresentam-se na forma de apatia, queda na produção de ovos, diminuição da fertilidade e eclodibilidade, anorexia, desidratação e diarreia.
O diagnóstico da doença pode ser comprovado por meio de exame sorológico. Já o tratamento é feito com antibióticos, como sulfonamidas, nitrofuranos e cloranfenicol, os quais reduzem a mortalidade, mas a ave continua sendo portadora do agente.
A prevenção contra a Pulorose pode ser feita por meio de limpeza e desinfecção da granja, ou ainda pelo controle de insetos e parasitas. Da mesma forma, é importante que as aves portadoras do agente sejam eliminadas do plantel.
Tifo aviário
O Tifo Aviário é causado pela bactéria Salmonella gallinarum. É mais comum nas aves adultas, e as galinhas são as hospedeiras naturais, mas pode acometer outras aves. Pombos e palmípedes (patos e marrecos) são resistentes à doença. Os índices de mortalidade da doença vão de moderados a altos: 40 a 80% das aves infectadas não sobrevivem.
As formas de transmissão da doença são horizontais direta e indireta, pelo contato entre as aves ou por meio de vetores, respectivamente. Os Sintomas apresentados podem ser apatia, anorexia, anemia, perda de peso e queda na produção de ovos.
O tratamento apenas controla a doença, que não tem cura. Entretanto, para evitar a contaminação de todo o plantel, as aves doentes devem ser sacrificadas. O diagnóstico pode ser comprovado por meio de exames laboratoriais.
Medidas preventivas, como a limpeza e higiene nas instalações da granja; o controle de insetos, pássaros e roedores, nas imediações da granja; a remoção de dejetos; assim como evitar locais com águas paradas, ou ainda adquirir aves contaminadas, podem ser bastante eficazes.
Somada a todas as medidas preventivas citadas acima, a vacinação tambem é recomendada.
Paratifo aviário
O Paratifo Aviário é causado por qualquer espécie de Salmonella, com exceção da Salmonella gallinarum, Salmonella pullorum e Salmonella arizonae. As aves jovens são as mais suscetíveis à doença, mas as aves adultas também podem ser afetadas.
A transmissção da doença pode ocorrer de forma horizontal ou vertical. Os sintomas do Paratifo Aviário, em aves jovens, são apatia, penas arrepiadas, asas caídas, amontoamento e diarreia. Já nas aves adultas, os sintomas são inapetência, diarreia e queda na produtividade de ovos. Em alguns casos, pode ocorrer cegueira e claudicação. Os índices de morbidade e mortalidade irão variar, de acordo com o sorotipo de Salmonella. Em aves adultas, as mortes são raras.
O diagnóstico pode ser comprovado por meio de sorologia, e o tratamento consiste em aplicação de antibacterianos, como a Enrofloxacina, o Trimetropin, a Danofloxacina, a Sulfa, a Furaltadona e a Gentamicina. Dessa forma, pode-se reduzir a mortalidade, mas as aves continuam portadoras do agente. Assim como nas outras formas de salmoneloses aviárias, as aves doentes devem ser sacrificadas, para evitar a contaminação de todo o plantel.
Algumas medidas preventivas podem ajudar no controle do paratifo aviário, como:
- Adquirir aves livres da doença;
- Efetivo controle de vetores, como insetos, pássaros e roedores;
- Higiene e desinfecção das granjas;
- Medidas de biossegurança;
- Aplicação de boas práticas de manejo.
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Comentários
Renata maria de lima
17 de mar. de 2016Crio galinha porreira e caipira e estou tendo problemas de doenca.
Resposta do Portal Cursos CPT
18 de mar. de 2016Olá Renata,
recommendamos que procure um veterinário especializado em aves em sua região para mais informações.
Atenciosamente,
Ana Carolina dos Santos