O início do desenvolvimento da linguagem se dá no meio familiar, podendo ser ou não a língua padrão da sociedade. A partir de um ano de idade, aproximadamente, a criança pode selecionar os sons que lhe são dirigidos, tentar descobrir os sentidos dos enunciados e utilizá-los nas suas comunicações.
Segundo Luciana Fiel, professora do Curso CPT Educação Infantil – Linguagem Oral e Escrita – Iniciando a Alfabetização – Fundamentado no Referencial Curricular Nacional, “Muitos fenômenos relacionados com a fala, como os sons expressivos, as alterações de volume e ritmo ou o funcionamento dialógico das conversas nas situações de comunicação, são utilizados pela criança mesmo antes de ela saber falar”.
O desenvolvimento nas habilidades da linguagem ocorre como resultado não apenas do avanço da idade cronológica, mas, sobretudo, como resultado da participação da criança nas numerosas experiências e atividades do dia a dia. Ao chegar à escola, ela já percorreu muitos passos neste desenvolvimento e já se comunica de alguma forma; umas um pouco mais, outras um pouco menos.
Linguagem coloquial e linguagem padrão
Na escola, a criança terá contato com a língua padrão e espera-se que ela aprenda a entender e a se expressar nela. A língua falada na família, por sua vez, serve para a comunicação em casa. É importante que a criança adquira pleno domínio da linguagem padrão para ser bem aceita no meio escolar, na sociedade em geral, ser aprovada em concursos, obter emprego e se comunicar em todo o país.
A importância da comunicação
A boa comunicação ajuda a criança a desenvolver confiança, sentimento de autovalorização e bom relacionamento com os outros. Isso faz a vida com os outros mais agradável e ajuda as crianças a crescerem e a tornarem-se adultos que possuem bons sentimentos acerca deles próprios e dos outros. Aprender a falar, portanto, não consiste apenas em memorizar sons e palavras. A aprendizagem da fala pela criança ocorre articulada com a reflexão o pensamento, a explicitação de seus atos, sentimentos, sensações e desejos.
Comunicação emocional
A criança capta plenamente a comunicação emocional do que presencia. Muito antes de se expressar pela linguagem oral, ela pode se fazer compreender e compreender aos outros, porque é altamente expressiva. Ela vai testando essa compreensão, modificando-a e estabelecendo novas associações na busca de seu significado. Passa a fazer experiências não só com os sons e as palavras, mas também com os discursos referentes a diferentes situações comunicativas. Por exemplo, nas brincadeiras de faz de conta, falando ao telefone, tenta imitar expressões e entonações que escuta dos adultos. Pode, gradativamente, separar e reunir, em suas brincadeiras, fragmentos estruturais das frases, apoiando-se em músicas, rimas, parlendas e jogos verbais existentes ou inventados. Brinca também com o significado das palavras, inventando nomes para si próprias ou para os outros, em situações de dramatização. Nos diálogos com adultos e com outras crianças, nas situações cotidianas e nas dramatizações, ela imita expressões que ouve, experimentando possibilidades de manutenção dos diálogos, tentando ser ouvida, compreendida e obter resposta.
Comunicação oral
A construção da linguagem oral não é linear e ocorre em um processo de aproximações sucessivas à fala do outro, seja ela do pai, da mãe, do professor, dos amigos ou ouvida na televisão, no rádio e outros. Todavia, a criança tem ritmo próprio de desenvolvimento e a conquista de suas capacidades linguísticas se dá em tempos diferenciados. A condição de falar com fluência e de produzir frases completas e inteiras provém da participação em atos de linguagem.
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Por Silvana Teixeira.
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