Problemas com vermes ocorrem com mais frequência em rebanhos leiteiros e afetam principalmente animais jovens, durante sua primeira estação no pasto. A imunidade aos nematoides gastrintestinais é adquirida de forma lenta e, normalmente, requer duas estações de pastejo antes que um nível considerável seja alcançado.
As cabras particularmente são animais extremamente susceptíveis aos malefícios dos parasitas intestinais. Em áreas endêmicas, as cabras continuam abrigando importante carga parasitária e isso pode ser causa de baixa produção do leite, doenças respiratórias, outras doenças infecciosas e óbitos no plantel.
O controle de parasitismo gastrintestinal, em cabras, pode ser conseguido com o uso de anti-helmínticos de largo espectro, em conjunção com o manejo das pastagens, para limitar a reinfecção; essa última inclui transferência para pastagens livres, como as áreas de conservação de pasto, pastejo alternado com outras espécies de hospedeiros, ou rotação de pastagem integrada, na qual as cabras jovens suscetíveis são seguidas por adultos imunes.
A rotação de pastagens simples não é eficaz, porque a massa fecal caprina pode proteger as larvas, por vários meses, de fatores ambientais adversos e, além do mais, os caprinos em rotação podem ser submetidos a uma reinfecção, numa data posterior.
Quando o plantel não pode ser transferido facilmente para outros pastos, devem ser ministrados tratamentos estratégicos, para limitar a contaminação das pastagens em épocas vitais: por exemplo, no norte dos EUA ou na Europa Ocidental, estes devem ser dados por duas ou três ocasiões, na primavera e no início do verão. No Brasil, no final do inverno, início das águas e ínicio do inverno.
As propriedades credenciadas como Orgânicas devem realizar esta vermifugação com a supervisão do médico veterinário responsável pela certificação, caso utilize vermífugos alopáticos, pois deve ser obedecido um período de carência de três a quatro vezes superior ao período estabelecido pela indústria química.
No entanto, o Manejo Homeopático pode ser utilizado sem carência, pois os medicamentos homeopáticos não promovem resíduos, de acordo com a Norma de Produção Orgânica do Ministério da Agricultura. Importante salientar que a adubação das pastagens com o estrume caprino não deve ser realizada em hipótese alguma com fezes frescas. Sempre as fezes devem permanecer em uma esterqueira de forma a realizar sua fermentação e inativar os possíveis ovos de parasitas e protozoários.
Assim, deve-se combater a verminose intestinal o ano todo, em seu capril, integrando o manejo homeopático ao manejo de pastagens. O resultado, além de constar em seus exames de coproparasitologia, estarão visíveis na saúde do plantel e no orçamento.
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Por Silvana Teixeira
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