Havendo necessidade de desovas, o ranicultor irá transferir os reprodutores da baia de mantença para as baias de acasalamento.
A escolha dos reprodutores que serão transferidos irá depender do grau de profissionalismo e do porte do ranário, ou seja: a existência de um profissional especializado para realizar o trabalho de um geneticista, somente se torna viável em uma empresa ou ranário de grande porte. Porém, nada impede o pequeno ranicultor de manter um controle da procedência e linhagem dos reprodutores de seu ranário.
Neste sentido, cada reprodutor deve estar numerado ou identificado por código de marcação (corte de dedos e ou artelho), possibilitando saber qual animal deve (ou pode) acasalar-se com quem, para evitar os problemas de consanguinidade.
Com os reprodutores numerados, o ranicultor também poderá saber quem ainda não reproduziu, e assim por diante. Entre aqueles animais candidatos ao acasalamento, o ranicultor deverá selecionar aqueles reprodutores que apresentam as características de maior aptidão sexual, demonstrados no caso dos machos, das seguintes maneiras:
- Constante vocalização (emissão de sons ou canto);
- Comportamento agressivo (para manter seu território);
- Forte compressão dos braços quando estimulados (amplexo); e
- Proeminência dos seus acúleos nupciais (esponjas nos dedos) e da região gular (papo).
No caso das fêmeas, exige sensibilidade e maior experiência do ranicultor, para poder identificar aquelas rãs que apresentam o abdômen mais proeminente, em razão do desenvolvimento do oviduto, indicando estar em maturação avançada.
A prática de deixar os reprodutores (machos e fêmeas) em uma única baia o ano todo deve ser evitada, apesar de ser esta a estratégia mais utilizada pela maioria dos ranários (já que não exige nenhum manejo reprodutivo por parte dos ranicultores, além de ser a mais simples). Os acasalamentos, quando feitos desta maneira, ocorrem aleatoriamente, sem nenhum tipo de controle ou interferência do criador.
Esse procedimento errôneo, acarreta em:
- Não permitir o aprimoramento genético do plantel; e
- Ampliar os riscos da ocorrência dos efeitos deletérios resultantes da endogamia (má formação, elevada mortalidade, baixo índice de crescimento e outros).
Saiba mais sobre a criação de rãs em cativeiro, acessando o artigo abaixo:
Criação de rãs - saiba como é feito o manejo em cativeiro
Criação de rãs - manejo de reprodução e manejo de mantença no ranário
Criação de rãs - você sabe induzir o acasalamento das rãs reprodutoras em cativeiro?
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Por Silvana Teixeira.
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