A propaganda deve cumprir seus objetivos, seguindo as regras eleitorais

Independente do material, há regras a serem seguidas

Uma propaganda eficiente é aquela que cumpre os objetivos de divulgar o candidato e de alcançar  eleitores. A atividade precisa estar embasada em princípios do marketing político e da publicidade. Além disso, a equipe deve estar atualizada acerca das orientações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre como, quando e onde a propaganda pode ser veiculada. Ao longo desse trabalho, em todas as fases da campanha e todos os elementos, não apenas a propaganda, devem ser coordenados e realizados com profissionalismo e ética.

Mesmo que as tarefas envolvidas sejam muitas, desistir da propaganda não pode ser uma alternativa. "A propaganda bem feita custa caro. A mal feita custa mais caro ainda. Porém, o mais caro é não fazer propaganda", afirma Tadeu Comerlatto, especialista em marketing político e professor do curso Campanha de Vereador – Passo a Passo, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.

O que define uma boa propaganda? O que ela pretende? Mesmo não custando muito dinheiro, ela precisa estar bem delineada e independente do recurso financeiro empregado ela custará esforços. Eles é que atribuirão valor a ela. A qualidade nem sempre está associada à quantidade de recursos e sim a como o trabalho foi desenvolvido, ou seja, mesmo que os materiais sejam modestos, o comprometimento diligente da equipe em trabalhar da melhor maneira possível não deve mudar.

Objetivos da propaganda

Segundo Cormellato, "uma boa propaganda não se mede apenas pela qualidade visual e pela quantidade. Uma boa propaganda é aquela que consegue atingir facilmente o eleitor e sensibilizá-lo". Ela tem objetivos bem claros. O primeiro é tornar o candidato conhecido e o segundo é conquistar os eleitores.

Objetivos que estão entrelaçados, um depende do outro. É preciso ser conhecido para ser votado. Como votar em alguém de quem pouco se ouviu falar, de quem não se sabe as propostas? É preciso construir a imagem e propagá-la entre os eleitores. Entretanto, a construção desse perfil, começa bem antes da propaganda, ela nasce da trajetória do político, por meio de suas realizações e conquistas, antes e durante a campanha.

No curso CPT, o especialista em marketing político dá algumas orientações. Ele recomenda visitar uma agência para elaborar um plano de propaganda. Além disso, acrescenta que é imprescindível conhecer a legislação da propaganda eleitoral para assim evitar condutas desaprovadas pelo TSE.

Regras do TSE

Existem normas direcionadas às coligações, aos partidos e aos candidatos. Elas tratam sobre o que é obrigatório, como a menção da legenda partidária em todas as modalidades de propaganda, e o que é proibido, como a realização de showmícios. Há vários procedimentos importantes estabelecidos pela justiça eleitoral, é necessário buscar essas informações e cumpri-las a risca.

A todo momento, é preciso que a equipe esteja atenta às normas estabelecidas pelo TSE. Segui-las é fundamental para o sucesso da campanha, qualquer erro afetará a imagem do político, que será julgado pelos eleitores, além disso as falhas são apontadas e utilizadas pelos candidatos para abater os oponentes na disputa.

Em 2011, o TSE divulgou o calendário e as regras para as eleições municipais em 2012. Entre elas, estão as determinações referentes à prática da propaganda, quando deve iniciar e terminar essa atividade. No rádio e na TV, ela começará a ser veiculadas 3 dias antes das eleições. Depois desse período, não será permitido inclusive nenhum tipo de debate nesses meios. Para o dia 5 de outubro, o cronograma prevê o encerramento das propagandas em meio impresso, já no dia seguinte paralizam-se as formas de divulgação pessoal, como panfletagem e carreatas.

No curso CPT, você encontrará mais informações relevantes acerca do passo a passo da campanha de vereador, como os tipos de propaganda e as dicas de como proceder em algumas delas. Acesse e confira!

Por Luci Silva